NATUREZA EM TRANSFORMAÇÃO

DESCOBRE-A NA TUA REGIÃO

O Desafio

És: Um pouco cientista? Um pouco artista?

Sabes: Identificar espécies e habitats naturais? Explicar a interdependência entre a natureza e o Homem?

Consegues: Fazê-lo com exemplos recolhidos na tua terra? Em apenas 2 minutos?

 

Desafio aceite…. Projeto

O teu vídeo será divulgado nesta página. Partilha-o e consegue o maior número de votos!

Os mais populares passam à final do passatempo e os autores irão defender o seu vídeo no evento final.

Vê aqui o regulamento. Bom trabalho e boa sorte!

 

Como descobrir, valorizar, proteger o teu território?

Fase 1: Na sala de aula com o teu professor/ sozinho ou em grupo com recurso ao elearning, na área Pensas que Sabes deste site

Fase 2: No campo, com professores, associações locais, membros da comunidade, vizinhos e família

Fase 3: No desafio e em equipa, partilhar conhecimentos e promover o desenvolvimento sustentável.

 Bloco de notas. Sobre o Tua.

 

I. Património

 

O Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua (AHFT) está localizado no troço final do rio Tua, afluente da margem direita do rio Douro, a cerca de 1,1 km a montante da sua foz.

O AHFT, construído entre 2011 e 2017, é constituído por uma barragem abóbada em betão cuja albufeira se estende por 27km, abrangendo os concelhos de Murça e Alijó, no distrito de Vila Real, e Mirandela, Vila Flor e Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança.

Quando se iniciou a construção do Aproveitamento, a área abrangida não tinha qualquer classificação de área sensível como Rede Natura 2000 ou Sítio de Importância Comunitária. Apesar disso, conhecia-se a existência de espécies de fauna e flora importantes para o ecossistema e que seriam impactadas pela construção do AHFT. Para proteger este valioso património natural, nasceram os Programas de Conservação dos habitats e da fauna e o projeto “Junto à Terra”, suportados numa estratégia que procura mitigar os potenciais impactes na ambição de conseguir ganhos globais positivos na biodiversidade e nas comunidades locais.

Fruto dos valores naturais do Vale do Tua, em 2013 foi criado o Parque Natural Regional do Vale do Tua (PNRVT), com sensivelmente 25 mil hectares, com o objetivo de conservação e desenvolvimento do Vale do Tua, uma região eminentemente rural, onde o património cultural e natural são praticamente indissociáveis.

 

 

Bivalves-de-água doce ou mexilhões de rio

Espécies indicadoras de boa qualidade da água, e extremamente intolerantes à poluição, são capazes de filtrar e depurar grandes quantidades de água. No seu ciclo de vida têm uma fase em que parasitam algumas espécies piscícolas e assim promovem a disseminação da espécie, devido às deslocações do hospedeiro.

Águia de Bonelli

A águia de Bonelli é uma ave de rapina de tamanho médio e associada aos habitats rupícolas de vales encaixados, e o seu estatuto de conservação é “Em Perigo”.

Chasco-preto

O chasco-preto está presente no Vale do Tua associado aos muros e socalcos de xistos das vinhas tradicionais. É das espécies mais ameaçadas em Portugal tendo-se verificado, na última década, um declínio da população nacional, estando atualmente “Criticamente em Perigo”.

Toupeira-de-água

De hábitos tímidos e fugidia, esta espécie só existe no norte de Portugal, em alguns pontos do norte e centro de Espanha, e nos Pirenéus, em Andorra e França. Alimenta-se de invertebrados bentónicos, como as moscas-de-água e utiliza os cursos de água com movimento e pouca profundidade. Atualmente em regressão em Portugal, tem estatuto de conservação “Em perigo”.

Morcego de ferradura mediterrânico

O morcego-de-ferradura mediterrânico é um mamífero com o elevado estatuto de conservação “Criticamente em Perigo”. Esta espécie de morcego cavernícola abriga-se sobretudo em minas e grutas, alimentando-se principalmente de borboletas nocturnas e outros insectos que caça em zonas muito arborizadas, como bosques de folhosas e galerias ripícolas.

 

 

 II. Ações de Conservação EDP

 

a) Programa de Proteção e Valorização de Habitats Prioritários

b) Recuperação e criação de abrigos e habitats para quirópteros

c) Compensação ao corte de vegetação ripícola

d) Ações de conservação de verdemã do Norte

e) Incremento da conetividade fluvial e da migração de espécies diádromas ao longo do douro médio e inferior

f) Compensação da perda de habitat da enguia e das espécies de ciprinídeos autóctones no mesmo setor da bacia do Douro afetado pelo AHFT

g) Compensação para a toupeira-de-água

h) Compensação para bivalves de água doce

i) Compensação pela fragmentação dos habitats

j) Compensação pela perda de habitats importantes para a avifauna

 

 

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